Morei em BH por quase cinco anos (de 2016 a 2021), fiz amizades lindas, vivi momentos maravilhosos, enfim, fui muito feliz (na maior parte do tempo) na capital mineira.
Pensei em escrever uma “carta de despedida”, mas, em vez disso resolvi fazer uma singela homenagem à cidade, em forma de “até logo”, listando meus restaurantes favoritos em BH. Até porque isso seja, provavelmente, uma das coisas de que mais sentirei falta, afinal, AMO COMER BEM, e a capital mineira é muito bem-servida nesse sentido. (Já escrevi também um post com dicas de delivery em BH).
Sem mais delongas, saiba agora quais foram os restaurantes em BH conquistaram meu coração, meu estômago e meu suado dinheirinho (comida boa é o melhor investimento, vai!) nesses últimos anos, desde opções mais simples para o dia a dia a um mais requintado.
*A ordem da lista é aleatória e não de preferência.
1. San Ro

Buffet de comida taiwanesa/oriental e vegetariana, e que tem a melhor guiosa do mundo! Amo também o yakisoba de lá, a berinjela tang tzu (caramelizada ao molho agridoce) e a berinjela chan pao (caramelizada ao molho shoyu). Gostava tanto de comer lá quanto de pedir delivery (foi um dos últimos lugares onde eu busquei “marmita” para me despedir de Beagá!).
Juro que não deixa a desejar em NADA comparado aos mesmos pratos que levam carne, pelo contrário. Sabe aquela comfort food, que é quase um abraço em dias cinzas? Quando eu for a BH a passeio agora, certamente darei um jeito de dar um pulo no San Ro!
R. Professor Moraes, 651 – Savassi.
2. Néctar da Serra
Buffet de comida natural como esse pode até existir por aí, mas eu, particularmente, nunca vi nada igual (nem mesmo parecido). Eles realmente ressignificaram o conceito de comer saudável com satisfação — é uma salada melhor do que a outra! E a limonada que servem de cortesia também é delicinha.
Já pensou em ir a um self-service de salada, pagar caro e ainda sair feliz? hahaha Pois é… Também há opções maravilhosas de carne (no buffet sempre tem um tipo de peixe, um corte de frango e um de carne vermelha), além de massas e outras preparações.
Outra coisa que eu adorava no Néctar eram os caldos no período do inverno. Várias opções de sabores diferentes e tudo muito bem-feito. O açaí de lá também é ótimo! Enfim, saudades…

R. Santa Rita Durão, 929 – Funcionários. / Av. dos Bandeirantes, 1839 – Mangabeiras.
3. Namastê
Nesse restaurante tive a primeira (e única, até então) experiência com a comida indiana, que foi a melhor possível. Fomos “iniciados” por um casal de amigos vegetarianos, então na nossa primeira visita ao Namastê provamos apenas pratos sem carne, que são tão deliciosos quanto os feitos com proteína animal que experimentamos nas visitas seguintes, porque o diferencial da culinária indiana são os temperos e especiarias.
Quando fomos pela primeira vez, a casa ainda era bem simples, mas depois eles se mudaram para outro imóvel na mesma rua , com uma decoração bem fancy e cheia de referências da Índia (nem parecia o mesmo restaurante!). Funciona à noite com cardápio a la carte e, no almoço durante a semana, tinha também a opção de self-service (antes da pandemia) e, agora, um menu executivo.
Sou louca pelo garlic naan (pão indiano com alho e manteiga) que a gente sempre pedia de entrada com 3 tipos de chutney (meu preferido é o de mamão). Também adoro aquele arroz indiano alaranjado (não sei se tem um nome específico, pesquisei e não achei), e tudo que é feito com o molho masala. O molho de castanha de caju e o de espinafre também são incríveis! Enfim, se você não conhece, vale a pena dar uma chance para a cozinha indiana!

Av. Francisco Sá, 440 – Prado.
4. Casa Amora
Foi o primeiro restaurante do tipo que eu conheci, e achei muito inovador na época. Tem uma pegada saudável e, a cada dia, oferece três opções diferentes de carnes (geralmente, um tipo de peixe, um de frango e um de boi ou porco), mais saladas e guarnições.
O prato é montado na hora e na sua frente, à medida em que você vai escolhendo dentre as opções do dia. Os preços são fixos, de acordo com a proteína escolhida e a quantidade de acompanhamentos. Não deixa de ser uma boa opção também para os vegetarianos (você pode dispensar a proteína animal e escolher 4 tipos de saladas e/ou guarnições — as opções são sempre interessantes).
Para beber, os sucos naturais são uma ótima pedida, e vale provar a cheesecake de frutas vermelhas de sobremesa.

R. Paraíba, 941 – Savassi.
5. Glouton
O mais “chiquetoso” dessa lista, mas acho que todo mundo precisa ir pelo menos uma vez na vida! haha ❤ Eu fui duas (uma no almoço e outra no jantar), em ocasiões especiais (e quero ir muitas mais). Embora seja um restaurante mais fino, coisa e tal, não é cheio de frescura e afetação. A comida é sensacional, ambiente e atendimento acolhedores na medida.
A mistura da culinária francesa com a mineira, utilizando ingredientes locais (e simples, muitas vezes) e transformando-os em alta gastronomia cumpre com maestria a proposta do chef Léo Paixão, que está sempre por lá circulando entre as mesas — só se isso mudou depois que ele ficou famoso/global (risos).
Tudo, absolutamente tudo o que eles postam no Instagram me dá vontade de ir lá comer. Infelizmente, está fechado temporariamente por conta da pandemia, mas espero muito que reabra (do contrário seria uma pena, de verdade!).

R. Bárbara Heliodora, 59 – Lourdes
6. Sushi Naka
Meu restaurante japonês preferido em BH e um dos preferidos da vida! É aquele japa raiz: nada de cream cheese nem de invencionices nutella (com o perdão do trocadilho infame). Os peixes sempre frescos e de boa qualidade.
O menu executivo no almoço durante a semana oferece um ótimo custo-benefício! Outra boa pedida é o tirashi, que vem em uma cumbuca média forrada com arroz japonês coberto por fatias de peixes variados (estilo sashimi). Fico salivando só de lembrar! Ele é bem antigo e tradicional em BH, e recentemente mudou de lugar. Manteve a simplicidade, mas modernizou um pouco o ambiente.

Av. Afonso Pena, 2828 – Savassi.
Claro que BH tem inúmeros restaurantes incríveis e não deu tempo (nem $$$, rs) para conhecer nem metade dos que estavam na minha lista. Há também outros que fui uma vez só e gostei bastante (como Udon, Caê, Xapuri, Querida Jacinta…), mas priorizei nessa lista os que frequentei mais vezes e, portanto, poderia dar uma opinião mais contundente.
Não vejo a hora de acabar essa pandemia para que eu possa fazer uma visitinha à minha querida e amada capital mineira e retornar aos meus restaurantes preferidos de BH (ou conhecer novos). Você tem algum para indicar? Deixe um comentário e me conte quais são os seus favoritos!